Uma vila, uma tragédia
G van den Bor / Wikimedia Commons
A pequena vila francesa de Oradour-sur-Glane foi completamente destruída em um dos mais terríveis massacres de civis ocorridos na Segunda Guerra Mundial, e o maior da França. Mais de seiscentas pessoas, inclusive mulheres e crianças, foram assassinadas. Suas ruínas permanecem intactas, exatamente como ficaram após o ataque dos nazistas em 10 de junho de 1944.
Até hoje são investigados os motivos que levaram os soldados alemães a cometer o massacre.
VILA EPECÚEN, ARGENTINA
A vila submersa
Jose Carrizo / Flickr
Esta cidade fantasma passou aproximadamente 25 anos submersa antes de ressurgir. Na década de 20, Epecuén foi um balneário em expansão, atraindo turistas de todas as partes da Argentina com suas águas revitalizantes. Havia hotéis, casas noturnas e restaurantes. O lugar, porém, tornou-se um emaranhado de ruínas brancas descoradas, gradeadas em aço oxidado e linhas de energia caídas.
Epecuén foi vítima, em 1985, do rompimento da barragem de proteção da cidade, o que fez as marés subirem. Os moradores tiveram tempo o suficiente para escapar, mas resorts, casas, parques infantis e escolas foram todos perdidos. Após um quarto de século, a água recuou. Restos fantasmagóricos foram deixados intactos, representando uma memória para aqueles que um dia lá moraram.
GARY, ESTADOS UNIDOS
A cidade-natal de Michael Jackson
está se tornando cidade fantasma.
Peter Fitzgerald / Wikimedia Commons
No passado, Gary era o centro do boom da expansão da produção de aço norte-americana. Conhecida à época como "cidade do século", hoje sofre em ruínas, ilustrando um triste exemplo da decadência econômica do setor siderúrgico.
Fundada em 1906, a cidade, distante cerca de 40 quilômetros de Chicago, teve seu auge nos anos 50. Quase duzentas mil pessoas moravam e trabalhavam em Gary. O número de habitantes diminuiu para menos da metade. Atualmente, a estação ferroviária, igrejas e auditórios se encontram vazios e em estado de degradação.
CRACO, ITÁLIA
Deslizamento e evacuação
Idéfix / Wikimedia Commons
Situada nos profundos vales da Basilicata, distante 40 quilômetros do golfo de Taranto, Craco foi construída à beira de um penhasco em frente ao Rio Cavone, que é rodeado de colinas e paisagens belíssimas.
No fim do século dezenove, cerca de 1300 moradores humildes da cidade foram para os Estados Unidos tentar a vida. Em 1963, um deslizamento de terra provocou a evacuação da população. O acidente aconteceu enquanto eram executadas obras de melhoria do sistema de água e esgoto. Em 1972, uma enchente piorou ainda mais a situação e diminuiu as chances de retorno dos moradores. Após um terremoto, ocorrido em 1980, Craco ficou completamente abandonada.
